terça-feira, 12 de junho de 2012


DIFERENÇA ENTRE DIREITO E JUSTIÇA

Se precisar escolher entre o Direito e a Justiça, deve se escolher sempre este última, já que o Direito é o conjunto local de normas legais escritas nos livros pelos homens e a Justiça é a lei universal escrita no coração dos homens.

MÁXIMAS FILOSÓFICAS



“Os  homens são deuses mortais e os deuses, homens imortais.” (Heráclito de Éfeso).

“A medida do amor é não ter medida.” (Santo Agostinho).

“A esperança é o sonho do homem acordado.” (Aristóteles).

“Felicidade é continuarmos a desejar aquilo que temos.” (Santo Agostinho)

“Amor não se explica, é.” (Santiago de Anápolis).

“Homo hominis lupus” (Hobbes)

“Entre o infinito do ideal, e o concreto do real, existe um abismo.” (Hegel).

“Ser e não –ser, ao mesmo tempo, não pode ser.” (Santiago de Anápolis).

“De cada um, segundo a sua capacidade. A cada um, segundo a suas necessidades.” (Marx).
 
“O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que são vividas.” (Santiago de Anápolis).          

segunda-feira, 23 de abril de 2012


FENOMENOLOGIA


      A palavra “fenomenologia”, ao que tudo indica, foi usada pela primeira vez pelo matemático, astrônomo, físico e filósofo suíço-alemão Joahnn Henrich Lambert (1728-1777) e posteriormente, com sentido diferente, por G.W.F. Hegel, na sua Fenomenologia do Espírito (original de 1807). Não obstante, como movimento filosófico, e com o sentido e as ramificações que ostenta até o presente, a fenomenologia nasce ao início do séc. XX, com a obra Investigações lógicas, de Edmund Husserl (1859-1938). Esse livro foi publicado originalmente em dois volumes, o primeiro em 1900 e o segundo em 1901.

      Para Husserl, a fenomenologia era uma forma totalmente nova de fazer filosofia, deixando de lado especulações metafísicas abstratas e entrando em contato com as “próprias coisas”, dando destaque à experiência vivida.

      A filosofia devia, pois, construir-se (ou reconstruir-se) através da fenomenologia, como uma ciência rigorosa, que desse apoio a toadas as “ciências positivas”, assim entendidas de forma geral as ciências físicas e naturais. A fenomenologia deveria proporcionar um método filosófico que fosse livre por completo de todas as pressuposições que pudesse ter aquele que refletisse. A fenomenologia descreveria os fenômenos enfocando exclusivamente a eles, deixando de lado quaisquer questões sobre as suas origens causais e sua natureza fora do próprio ato da consciência. Desta forma, a fenomenologia não irá pressupor nada, nem o senso comum, nem o mundo natural, nem as descobertas e as teorias da ciência. A fenomenologia ficará postada antes de qualquer crença e de qualquer juízo para explorar simplesmente o fenômeno tal como é dado à consciência.

      A palavra fenomenologia deriva de duas outras palavras de raiz grega: phainomenon (aquilo que se mostra a partir de si mesmo) e logos (ciência ou estudo). Portanto, etimologicamente, a fenomenologia é o estudo ou a ciência do fenômeno, sendo que por fenômeno, no seu sentido mais genérico entende-se tudo que aparece, que se manifesta ou se rebela por si mesmo.

DEPRESSÃO PÓS-PARTO

   A depressão pós-parto é uma doença muito comum que afeta mães por tudo o mundo. A medicação, é claro, uma das soluções mais utilizadas, mas antes de optar por essa, há outras soluções mais simples que podem ajudá-la a curar-se sem modificar o seu metabolismo. Aqui vão algumas:Deite-se cedo e tente ter uma boa noite de sono.

   Passeie no parque.

   Faça coisas com as mãos, artesanato, bordar,etc…

   Trabalhe no jardim. Regar as plantas e tirar as ervas daninhas pode ser relaxante.

   Brinque com os seus filhos e faça planos com eles sobre o que farão quando se sentir melhor.

   Consulte um psicólogo regularmente e seja totalmente sincera com ele.

   Mantenha-se longe do álcool e outros depressivos.

   Tome um banho de espuma relaxante, com algo doce para comer e beber. Ouça música relaxante enquanto toma banho.

   Escreva um diário. Ajuda-a a exteriorizar os seus sentimentos.

   Faça exercício regularmente – liberta endorfinas ( quimicos que a fazem sentir melhor ) para a sua corrente sanguínea.

   Participe em fóruns sobre depressão pós-parto; discuta o problema com outras mulheres na mesma situação, peça-lhes conselhos e aproveite o fazer parte de uma comunidade.

   Participe em actividades com a família e os amigos.

   Leia um bom livro.

   Vá visitar amigos ou familiares.

   Telefone a uma amiga próxima.

   Vá dar uma volta de carro.

   Cozinhe. Isto vai direccionar a sua atenção para outro assunto que não a maternidade.

   Telefone à sua mãe e fale com ela sobre o seu problema. Esta pode ser a melhor terapia para a sua situação, porque ela ama-a, está profundamente preocupada consigo e vai ter tempo para ouvi-la.

   Peça à sua mãe para ir para sua casa por alguns dias. Ela pode ajudá-la nas suas tarefas e criar algum tempo só para si de modo a fazer algumas das coisas mencionadas neste artigo.

   Ponha o bebé no carrinho e vão dar um passeio.

   Aninhe-se com os seus filhos, e chore tudo o que lhe apetecer enquanto o faz. Perceba que há pessoas que a amam verdadeiramente:

   Vá até à praia, se houver uma por perto – olhe para o oceano e respire a brisa marinha.

   Vá às compras!

   Tenha uma longa e profunda conversa com o seu marido, seguida de muitos mimos e muitos bejios.

terça-feira, 17 de abril de 2012



SUBSTÂNCIA  FILOSÓFICA DE  HERÁCLITO DE ÉFESO


PANTA REI
   A REALIDADE É UM FLUIR CONSTANTE, UMA CONSTANTE TRANSFORMAÇÃO DAS COISAS.
NÃO EXISTE OBJETO, ANIMADO OU INANIMADO QUE NÃO SOFRE MODIFICAÇÕES CONTÍNUAS: UM SINO DE FERRO ENFERRUJA, O ROCHEDO, CORROI-SE, UMA ÁRVORE CRESCE, UM CORPO ENVELHECE. TUDO SE MOVE, NADA PERMANECE IMÓVEL E FIXO, TUDO MUDA E SE TRANSMUDA, SEM EXCEÇÃO. “NOS MESMOS RIOS ENTRAMOS E NÃO ENTRAMOS, SOMOS E NÃO SOMOS (...) NÃO PODEMOS ENTRAR DUAS VEZES NO MESMO RIO: SUAS ÁGUAS NÃO SÃO NUNCA AS MESMAS E NÓS NÃO SOMOS NUNCA OS MESMOS”. O MUNDO É MUDANÇA CONTÍNUA E INCESSANTE DE TODAS AS COISAS E A PERMANÊNCIA É ILUSÃO. O MOVIMENTO É, PORTANTO, A REALIDADE VERDADEIRA

O FOGO
   HERÁCLITO ESTABELECE O FOGO COMO O PRINCÍPIO DO DEVIR. TUDO PROCEDE DESSE FOGO ETERNAMENTE VIVO E TUDO DEVE VOLTAR AO MESMO FOGO PARA SURGIR DE NOVO DO FOGO NUM PROCESSO CIRCULAR DE NASCIMENTO E DESTRUIÇÃO. O UNIVERSO É FOGO. HERÁCLITO ENCONTRA NO FOGO A PHYSIS. ASSIM O FOGO NÃO É TANTO UM ELEMENTO MATERIAL QUE SE ACHA NO SUBSTRATO DAS COISAS. O FOGO É ALGO QUE EXISTE QUE SE TRANSFORMA, AO CONDENSAR-SE, EM ÁGUA E EM TERRA E QUE, AO RAREAR A TERRA, FAZ COM QUE SE CONVERTA NOVAMENTE EM AR E FOGO. O FOGO É O PRÓPRIO PRINCÍPIO DA MUDANÇA. NO FOGO MANIFESTA-SE A RAZÃO DO UNIVERSO.

O LOGOS
   PARA HERÁCLITO, O CONFLITO CÓSMICO, APARENTEMENTE TÃO CAÓTICO, OCULTA UMA RACIONALIDADE QUE ELE DEFINE COM UMA SÓ PALAVRA: LOGOS. HERÁCLITO CONCEBIA O LOGOS COMO UMA MERA LEI NATURAL QUE ORGANIZAVA A LUTA ENTRE OS ELEMENTOS. O LOGOS DIZ QUE “TUDO É UM”, UMA ORDEM RACIONAL, PORQUE SEU PRINCÍPIO É A PRÓPRIA RAZÃO – O LOGOS. O LOGOS É A LEI UNIVERSAL, A DIVINDADE, À QUAL DEVEM OBEDECER E SE SUBMETER TODAS AS COISAS DO MUNDO. SEM ATRIBUIR AO TERMO QUALQUER SIGNIFICADO METAFÍSICO. 

Pena de Morte: Um mal NECESSÁRIO

- Pergunto-lhe o seguinte: quantos crimes houve em Paris entre 1749 e 1789, quarenta anos antes da Revolução Francesa?
-Quantos crimes houve em Paris durante quarenta anos? Dois. Não dois mil, dois. Em São Paulo, o número de crimes na capital são 15. No Estado, são 35 por dia. Nós passamos de todos os limites da tolerância.
-Assembléia Constituinte, a Assembléia Legislativa foi contra a pena de morte. Na minha opinião, eles não representam - a Câmara dos deputados, a Câmara dos senadores - não representam e nunca representaram a vontade do povo.
-a sua mão é parte do seu corpo, e é subordinada ao todo. Assim, se minha mão tem câncer, eu a amputo para salvar o todo. Se pega fogo aqui nesse tapete, nós destruímos essa parte para salvar o prédio. Porque a parte é menos que o todo. O criminoso é parte da sociedade. Ele ataca a sociedade com seu crime, a sociedade, enquanto todo.
- O que nós fazemos quando uma laranja está podre e essa está junta de várias outras laranjas ? A laranja é o criminoso e as outras são a sociedade.
- Ele estupra varias mulheres, o que devíamos fazer com ele? Prende-lo? Após esse sujeito cometer um crime hediondo, ele vai ser preso dando gastos enquanto está na prisão, alguém vai garantir que quando ele saia da cadeia, se não fugir antes, ele vai estar diferente? Qual seria a melhor saída para esse sujeito que cometeu um crime hediondo?
- Temos que respeitar, em primeiro lugar a vida, mais a vida da sociedade. Um sujeito capaz de cometer crimes hediondos prova que não merece ter vida, e o melhor remédio para isso é acabar com ele, não prendendo-o mais executando-o, pois prendendo-o ele poderá fugir da prisão e quando terminar sua pena poderá fazer de novo. Não seria melhor ter a certeza de que esse elemento nunca mais cometeria crimes hediondos?. O sistema prisional não reeduca ninguém, muito pelo contrário.
- Mas é importante saber: a pena de morte reduz a criminalidade?
- A pena de morte reduz a criminalidade. Você quer que eu lhe dê uma prova? Você usava cinto de segurança? Provavelmente, não. Foi só botarem uma multa grande, você passou a usar o cinto de segurança. Eu também.
- No presídio, os que têm punições longas - de 30, 90 anos - são contratados pelos outros criminosos para, por um maço de cigarros, matar mais alguém; pois, quem já tem uma condenação de 300 anos, que diferença faz matar mais um? Mata-se por um maço de cigarros...
   


Sobre o Capitalismo.

   As práticas do capitalismo reciclado pelo neoliberalismo não se sustentam apenas pela coação. Elas precisam de legitimidade social, intelectual e moral. A filosofia pós-moderna e o ideário neoliberal atendem a esse requisito, não como mero reflexo das condições materiais ou de sua justificativa, mas como contribuição para a restauração/instauração de um conjunto de valores associados ao desejado de uma ordem social específica.

   O pensamento conformista também manifesta-se na valorização do individualismo e do hedonismo cotidiano, que encontra no consumo a razão de viver. As tentativas de apropriação coletiva e criativa das condições de existência, de trabalho, de espaço e de tempo são ridicularizadas em favor de comportamentos individuais, que abdicam atuar na esfera pública, legitimam-se o isolamento, o enfurnamento na vida doméstica, nas micro esferas, agora não mais referenciadas num poder a ser contestado. Desde o início do Capitalismo “o sentimento deliberado do cidadão de se isolar da massa dos seus semelhantes, foi exaltado como a essência desejável da liberdade” (Tocqueville, 1985). O pensamento pós-moderno amplia esse princípio, legitimando a atitude do indivíduo de se encerrar na única realidade que existe para ele: a do seu próprio interesse. O desengajamento  político e o abandono da causa pública, contrapartidas naturais desse comportamento, preparam o terreno para o despotismo.

   Com a globalização, o mundo estaria cada vez mais integrado, e isso corresponderia a um processo racional e harmônico. No final dos anos 60, alguns teóricos tentaram reciclar as teorias do imperialismo, indicando a possibilidade de crescimento parcial nos países subdesenvolvidos, ou seja, considerando que a dominação das grandes potências não seria totalmente inibidora do desenvolvimento e que caberia às elites agenciar parcerias subordinadas, porem, rentáveis. Foi o que ocorreu na maioria dos paises subdesenvolvidos. O resultado foi um mundo intolerável, revelando os malefícios da expansão produtivista, o caráter nefasto da dominação do capital financeiro sobre as populações mais pobres. Isso é um testemunho irrefutável do crescimento da miséria humana, da imoralidade do mundo dos negócios, e da irracionalidade crescente do capital volátil.

   Nos paises desenvolvidos, o ressurgimento da pobreza surpreende e desconcerta pela rapidez e pela ampliação. Por toda a parte, observa-se a explosão da violência urbana, o aumento das gangues juvenis, das máfias especializadas e das milícias que atentam contra a vida em sociedade. Constata-se o retorno do misticismo e dos fundamentalistas políticos e religiosos , e guetos problemáticos, antes geograficamente contidos, expandiram-se, forçando as elites econômicas a se barricarem em sofisticados “bunkers”, em condomínios fechados ou zonas protegidas.

   Mesmo em seus melhores momentos, os países do capitalismo avançado nunca conseguiram chegar a compor uma sociedade social e economicamente integrada e homogênea, embora a expectativa fosse, um dia, concretizar essa situação ideal. .   

Uma palavra qualquer pode gerar uma discórdia;
uma palavra cruel pode ser destrutiva;
uma palavra amarga pode provocar ódio;
uma palavra brutal pode esmagar um afeto.

uma palavra agradável pode suavizar o caminho;
uma palavra a tempo pode evitar um conflito;
uma palavra alegre pode iluminar o dia;
uma palavra amorosa pode mudar uma vida.
(Carreras et alii)